Lá fora na janela, o céu vai ficando preto,
e a gente aqui dentro morrendo de medo,
Cai a primeira gota que bate na janela, escorre pelo vidro,
de uma tarde não tão bela.
A água vai subindo, subindo na calçada, a rua parece um rio,
um rio com peixer feitos de lixo,
Corre se protege, se não a coisa pega.
Tenha paciência porque a fila vai ser formando lá fora, fila de carros, com suas buzinas que quase nos insurdece, é melhor não ter pressa.
Desvie da poça, desvi do buraco, se não seu pé vai é pro saco.
Abre o guada-chuva, espere ela passar, mas cuidado para não se molhar.
Esse é a tarde de uma cidade chamada São Paulo.
Patricia Fraylle Garcia 26/03/10
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